_
_
_
_

Novas manifestações violentas deixam feridos e caos no Rio

Professores da cidade brasileira protestam contra a aprovação de um novo plano de carreira Protestos terminam com 17 detidos e 22 feridos

Juan Arias
Protestos terminam com 17 detidos e 22 feridos.
Protestos terminam com 17 detidos e 22 feridos.Antonio Lacerda (EFE)

O Rio de Janeiro voltou a ser cenário de novas manifestações violentas que, na tarde de ontem, resultaram em 17 detidos e 22 feridos, a maioria por conta da truculência da policia militar ao dissolver os protestos.

Se ha tratado de la mayor protesta callejera desde las multitudinarias manifestaciones de junio pasado, cuando salieron a la calle cerca de un millón de personas.

Foi a maior manifestação desde os protestos multitudinários de junho passado, quando carca de um milhão de pessoas foram às ruas.

Embora tenham voltado a ocorrer atos violentos que desvirtuaram outras manifestações – lojas e agências bancárias destruídas, lixo incendiado para formar barricadas e grupos de vândalos mascarados do movimento Black Bloc – esta manifestação tinha um motivo concreto: a greve que os professores municipais fazem desde agosto, em protesto contra um novo plano de carreira que foi aprovado ontem.

Poucas vezes os professores – uma das instituições pior remuneradas do país, junto com, curiosamente, a polícia – tinham se manifestado de um modo tão duro e violento.

Os professores chegaram a ocupar a Câmara de Vereadores do Rio, onde o plano era discutido. Eles anunciaram que continuarão em greve, embora o prefeito, Eduardo Paes, tenha ameaçado cortar os seus salários.

Conocer lo que pasa fuera, es entender lo que pasará dentro, no te pierdas nada.
SIGUE LEYENDO

Há alguns dias, a polícia militar tinha conseguido desalojar os manifestantes da Câmara com o uso da força e bombas de gás lacrimogêneo para obrigá-los a abandonar o local.

Desalojados, os professores – acompanhados de centenas de manifestantes – acamparam diante da porta da Câmara. Depois do anúncio de que o novo plano tinha sido aprovado, umas duas mil pessoas se juntaram aos protestos. Mas desta vez não eram pessoas comuns e anônimas, e sim ativistas de partidos de esquerda, sindicatos e grupos sociais que, junto com grupos violentos, acabaram criando novas cenas de violência.

As autoridades paralisaram todo o centro da cidade e as salas de cinema onde se celebrava o Festival de Cinema do Rio foram fechadas.

O que ocorreu na capital carioca começa a se repetir em outras cidades. As manifestações já não são como as de junho. São mais setoriais e delas participam abertamente grupos políticos mais radicais de esquerda e os mais violentos, que acabam afastando os não politizados das ruas.

Porém, como explica Manuel Castells, aqui no Brasil a força das manifestações de junho continua “latente nas redes sociais” e pode se repetir a qualquer momento.

Tradução de Cristina Cavalcanti.

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo

¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?

Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.

¿Por qué estás viendo esto?

Flecha

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.

Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.

En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.

Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.

Archivado En

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_