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Venezuela quita tres ceros al bolívar para hacer frente a la alta inflación El presidente de Venezuela, Nicolás Maduro, ha anunciado este jueves la aplicación de una reconversión monetaria que incluye la reducción de tres ceros al bolívar en un intento por reforzar la moneda ante la fuerte inflación. Maduro ordenou a eliminação de três zeros do bolívar e que se tire de circulação o cone monetário vigente a partir do próximo 4 de junho, como parte de suas medidas econômicas para "garantir as atividades comerciais". Cristian Hernandez (EFE) O Governo venezuelano impulsionou a substituição do bolívar forte pelo "bolívar soberano" para fazer frente à hiperinflação e à falta de efetivo no país, imerso em uma profunda crise política, econômica e social. A atual cédula de maior valor, de 100.000 bolívares, converter-se em uma de 100. Miraflores (EFE) O novo cone monetário está integrado por moedas de 0,5 e 1 bolívar e cédulas de 2, 5, 10, 20, 50, 100, 200 e 500 bolívares. As novas cédulas substituirão as que entraram em circulação no final de 2016, que sumiram porque sua impressão ocorre de forma mais lenta que a inflação. Os atrasos na saída para as ruas do cone atual deram em protestos, com quatro mortos e centenas de comércios saqueados em dezembro de 2016. Miguel Gutiérrez (EFE) Venezuela, um país rico em petróleo e matérias-primas, arrasta uma hiperinflação que, segundo o FMI, alcançará 13.000% neste ano. Em quase dois meses, o bolívar se desvalorizou 92,3%. Em 1º de fevereiro, o Governo relançou um sistema de leilão de divisas, que monopoliza com um severo controle de mudança. --- (EFE) O bolívar foi perdendo valor paulatinamente. Atualmente 100.000 bolívares mal dão para pagar um café, embora o máximo que possa ser retirado do banco por dia sejam 10.000 bolívares. A cédula de 500 bolívares (11,3 dólares segundo as cotações oficiais e 2,1 dólares no mercado negro) será a máxima denominação. Miguel Gutiérrez (EFE) "Desde 4 de junho se desmonetiza todo o cone monetário que está no país, que lhes parece?", disse o mandatário venezuelano durante o anúncio no palácio de Miraflores, em Caracas. Esta será a segunda reconversão monetária da última década. Em 2008, o então presidente Hugo Chávez pôs em circulação o "bolívar forte", eliminando também três zeros da moeda. MARCO BELLO (REUTERS) O principal rival de Maduro, o ex-chavista Henri Falcón, propôs a dolarização da moeda para frear a avalanche inflacionária, algo a que o mandatário se opôs. Miguel Gutiérrez (EFE) Maduro anunciou a medida em via das eleições presidenciais que se celebrarão o próximo 20 de maio e às quais se apresenta de novo como candidato do Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV). Cristian Hernandez (EFE) Alguns especialistas questionaram a medida. "Tirar três zeros da moeda sem resolver o problema hiperinflacionário não vai servir de nada", indicou o economista Asdrúbal Oliveros, que apontou que a reconversão monetária de 2008 "teve um custo superior a 40 milhões de dólares para o sistema financeiro", disse em declarações à AFP. Miguel Gutiérrez (EFE) O presidente venezuelano, Nicolás Maduro (centro), fez o anúncio em uma coletiva de imprensa acompanhado do vice-presidente, Tareck O Aissami (esq.) e o presidente do Banco Central de Venezuela, Ramón Lobo (dir.). Cristian Hernandez (EFE)