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Procuradoria mexicana ordena a prisão de Caro Quintero para extraditá-lo

O histórico líder do narcotráfico mexicano foi libertado em 9 de agosto, depois de 28 anos atrás das grades

Paula Chouza
Caro Quintero em janeiro de 2005/ AFP
Caro Quintero em janeiro de 2005/ AFP

A Procuradoria (Fiscalía) Geral da República (PGR) comunicou, esta quarta-feira, que já conta com uma “ordem de detenção provisória para fins de extradição” contra Rafael Caro Quintero, conhecido como o narcotraficante dos narcotraficantes, por “diversos delitos dos quais é acusado por um Tribunal Federal da Califórnia”. O histórico líder do narcotráfico mexicano, fundador, ao lado de Miguel Ángel Félix Gallardo e Ernesto Fonseca Carrillo, do extinto cartel de Guadalajara, deixou a prisão na última sexta-feira após passar 28 anos atrás das grades, acusado do sequestro e homicídio do agente da DEA Enrique Kiki Camarena, em fevereiro de 1985. Um tribunal de Jalisco concedeu amparo a Caro Quintero (La Noria, Sinaloa, 1952) por considerar que ele nunca deveria ter sido julgado pelo foro federal, mas sim pelo comum.

{0>A través de una nota de prensa, la Fiscalía mexicana indica que la solicitud de detención provisional formulada por el Gobierno de los Estados Unidos “fue presentada por conducto de la PGR ante un Juez Federal, quien resolvió la procedencia del otorgamiento de dicha medida provisional”.<}0{>Através de uma nota de imprensa, a Procuradoria mexicana informa que o pedido de detenção provisória formulado pelo Governo dos Estados Unidos “foi apresentado através da PGR diante de um Juiz Federal, que resolveu pela procedência da outorga da medida provisória”. A Procuradoria informa que, após a execução da ordem de prisão contra Caro Quintero, o governo norte-americano terá 60 dias para apresentar o pedido formal de extradição.

A libertação do narcotraficante em 9 de agosto, justificada por “um erro processual” preocupou tanto as autoridades mexicanas quanto o governo dos Estados Unidos. Assim que soube da notícia, a DEA declarou-se “profundamente preocupada” com a decisão do tribunal, e assegurou que continuará fazendo todos os esforços para que "o infame narcotraficante" seja responsabilizado pelos crimes cometidos. Além disso, em dezembro de 2012, a Agência Antidrogas dos Estados Unidos já havia emitido um alerta internacional no qual solicitava sua extradição.

O narcotraficante dos narcotraficantes foi preso em abril de 1985 na Costa Rica. Nesses quase 30 anos, conseguiu se livrar de cinco acusações de assassinato, associação criminal, sequestro de 4.000 agricultores, os quais obrigava a trabalhar no cultivo de drogas, e contra a saúde pública. Até agora, a única sentença que a justiça mexicana o fez cumprir em sua totalidade foi a condenação a 15 anos de prisão por tráfico de maconha.

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Sobre la firma

Paula Chouza
Periodista de Política en EL PAÍS. Participó en el lanzamiento de EL PAÍS América en México. Trabajó en el Ayuntamiento de A Coruña y fue becaria del Congreso de los Diputados, CRTVG o Cadena SER. Es licenciada en Periodismo por la Universidad de Santiago de Compostela, Máster en Marketing Político y Máster de Periodismo de EL PAÍS.
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