Brasil protege a administração pública da espionagem global
Executivo estuda lançar um serviço público gratuito de correio eletrônico criptografado para aumentar a segurança


A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, anunciou que os correios eletrônicos da administração pública federal serão protegidos contra possíveis ações de espionagem internacional. “Ordenei ao Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados) que implantasse um sistema seguro para todo o governo”, anunciou a presidente em sua conta no Twitter. “Esta é a primeira medida para aumentar a privacidade e a inviolabilidade das mensagens oficiais”.
Trata-se de mais uma das providências concretas que o governo de Rousseff está tomando depois da suposta espionagem da Agência Nacional de Segurança (ANS, na sigla em inglês) contra os cidadãos, a Petrobras e até o seu correio pessoal. Embora o presidente Barack Obama tenha prometido analisar as ações da NSA relacionadas ao Brasil, para Rousseff as explicações não foram suficientes e ela cancelou uma visita oficial a Washington, programada para 23 de outubro.
Os Estados Unidos não são o único país acusado de espionar a administração pública brasileira. Também o governo do Canadá foi acusado de vigiar o estratégico Ministério de Minas e Energia. Ottawa foi ainda menos explícita ao responder sobre o caso.
Para Rousseff, as tentativas de espionagem a empresas e ministérios estratégicos são mais graves do que a vigilância do seu próprio correio eletrônico e o de cidadãos comuns. O passo seguinte será a já anunciada criação de um serviço gratuito de correio eletrônico criptografado, disponível para todos os brasileiros, como informou o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.
“É preciso mais segurança nas mensagens para evitar a possibilidade de espionagem”, concluiu a presidente no Twitter. Com esta afirmação, talvez tenha desejado responder às acusações de alguns setores que, ao mesmo tempo em que se solidarizaram com ela e o seu governo – inclusive na oposição – contra os atos ilegais, exigem uma ação mais eficaz para proteger os cidadãos e o executivo.
Segundo estas críticas, ministérios como o de Minas e Energia devem ser melhor blindados contra possíveis ações de espionagem como as que, aparentemente, foram feitas pelo Canadá, um dos maiores investidores em mineração no país, com 65 companhias canadenses dedicadas à exploração, 45 de equipamentos e 20 de serviços relacionados ao setor, segundo dados oficiais. Além disso, o Brasil é um dos maiores produtores mundiais de minérios como magnésio, tântalo, nióbio, ouro, caulim e estanho, setor que depende do ministério supostamente espionado pela inteligência canadense.
Tradução de Cristina Cavalcanti
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