Novas manifestações violentas deixam feridos e caos no Rio

Professores da cidade brasileira protestam contra a aprovação de um novo plano de carreira Protestos terminam com 17 detidos e 22 feridos

Protestos terminam com 17 detidos e 22 feridos.Antonio Lacerda (EFE)

O Rio de Janeiro voltou a ser cenário de novas manifestações violentas que, na tarde de ontem, resultaram em 17 detidos e 22 feridos, a maioria por conta da truculência da policia militar ao dissolver os protestos.

Se ha tratado de la mayor protesta callejera desde las multitudinarias manifestaciones de junio pasado, cuando salieron a la calle cerca de un millón de personas.

Foi a maior manifestação desde os protestos multitudinários de junho passado, quando carca de um milhão de pessoas foram às ruas.

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O Rio de Janeiro voltou a ser cenário de novas manifestações violentas que, na tarde de ontem, resultaram em 17 detidos e 22 feridos, a maioria por conta da truculência da policia militar ao dissolver os protestos.

Se ha tratado de la mayor protesta callejera desde las multitudinarias manifestaciones de junio pasado, cuando salieron a la calle cerca de un millón de personas.

Foi a maior manifestação desde os protestos multitudinários de junho passado, quando carca de um milhão de pessoas foram às ruas.

Embora tenham voltado a ocorrer atos violentos que desvirtuaram outras manifestações – lojas e agências bancárias destruídas, lixo incendiado para formar barricadas e grupos de vândalos mascarados do movimento Black Bloc – esta manifestação tinha um motivo concreto: a greve que os professores municipais fazem desde agosto, em protesto contra um novo plano de carreira que foi aprovado ontem.

Poucas vezes os professores – uma das instituições pior remuneradas do país, junto com, curiosamente, a polícia – tinham se manifestado de um modo tão duro e violento.

Os professores chegaram a ocupar a Câmara de Vereadores do Rio, onde o plano era discutido. Eles anunciaram que continuarão em greve, embora o prefeito, Eduardo Paes, tenha ameaçado cortar os seus salários.

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Há alguns dias, a polícia militar tinha conseguido desalojar os manifestantes da Câmara com o uso da força e bombas de gás lacrimogêneo para obrigá-los a abandonar o local.

Desalojados, os professores – acompanhados de centenas de manifestantes – acamparam diante da porta da Câmara. Depois do anúncio de que o novo plano tinha sido aprovado, umas duas mil pessoas se juntaram aos protestos. Mas desta vez não eram pessoas comuns e anônimas, e sim ativistas de partidos de esquerda, sindicatos e grupos sociais que, junto com grupos violentos, acabaram criando novas cenas de violência.

As autoridades paralisaram todo o centro da cidade e as salas de cinema onde se celebrava o Festival de Cinema do Rio foram fechadas.

O que ocorreu na capital carioca começa a se repetir em outras cidades. As manifestações já não são como as de junho. São mais setoriais e delas participam abertamente grupos políticos mais radicais de esquerda e os mais violentos, que acabam afastando os não politizados das ruas.

Porém, como explica Manuel Castells, aqui no Brasil a força das manifestações de junho continua “latente nas redes sociais” e pode se repetir a qualquer momento.

Tradução de Cristina Cavalcanti.

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